quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Tempo e modernidades

Sabem o que acontece: andei meio sem tempo por conta da qualificação e, depois que o blackberry chegou, quase não uso o computador em casa, quando costumo fazer os pitacos. De qualquer maneira, deixei Luz de Agosto de lado, mas pretendo retomá-lo em breve, tão logo eu consiga organizar os mais variados aspectos da minha vida. E, como de praxe, suponho que isso só vá ocorrer depois do Carnaval. Pra não deixar passar em branco - afinal, Carnaval é uma das minhas temáticas preferidas em poesia - segue um poeminha lindo do Bandeira, Na Boca:

Sempre tristíssimas estas cantigas de carnaval
Paixão
Ciúme
Dor daquilo que não se pode dizer

Felizmente existe o álcool na vida
e nos três dias de carnaval éter de lança-perfume
Quem me dera ser como o rapaz desvairado!
O ano passado ele parava diante das mulheres bonitas
e gritava pedindo o esguicho de cloretilo:
- Na boca! Na boca!
Umas davam-lhe as costas com repugnância
outras porém faziam-lhe a vontade.

Ainda existem mulheres bastante puras para fazer vontade aos viciados

Dorinha meu amor...
Se ela fosse bastante pura eu iria agora gritar-lhe como o outro:
_____________________________________[- Na boca! Na boca!