quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Adiós Nonino

Amanhã vou para Buenos Aires, de onde espero trazer muitos livrinhos e dar um gás nesse blog. Aliás, de todas as coisas que precisam de um gás na minha vida, esse blog é a última delas... não obstante (ou justamente por isso), é minha principal preocupação.
Estou indo com a recorrente promessa de não voltar, já que viagens de avião me apavoram. O que é curioso, porque nunca tem a promessa de não ir. E me voy porque a única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Procrastinar

Procrastinar é uma delícia. Descobri um jeito muito bom, é assim: no caso, eu tenho que passar a limpo um fichamento, então eu abro o arquivo do word (ok, no meu caso, é OpenOffice), abro o caderno, está tudo pronto. E depois fico vendo as notícias sobre a gravidez da Gisele Bündchen no terra... delicinha.
Então, nesse post aqui, eu falei do encontro com Shakespeare no banheiro e tal. Até queria postar a frase pichada no banheiro, mas alguém pintou por cima. Eis que hoje me deu uma vontade louca de fazer xixi e toca ir naquele banheiro. E se eu soubesse que meu desejo ia se tornar realidade, tinha pedido outra coisa e não que a pichação estivesse de volta. E lá estava. E aqui está:

Tatuagem

Estou namorando uma idéia para uma outra tatuagem. Namorei a antiga muito tempo, muito, muito tempo... Anos, eu acho... Então vou ficar sossegada, por enquanto. Ah sim, estou dizendo essas coisas por causa desse texto do Nani. Você não tem tatuagem, a tatuagem é que tem você. E é claro que me vem na cabeça a música do Chico, aí fode tudo.

As ruínas circulares

Em julho fui em um encontro de leitura na Galeria Olido. Até anuncei isso por aqui. Andei dando as minhas sugestões por lá, aquela mania de não conseguir ficar quieta... Eis que acataram a minha idéia e esse mês o texto a ser lido é do Borges, As Ruínas Circulares.
Esse conto, junto com um do Poe e um do Primo Levi, me faz pensar na minha relação com a arte. São meus contos favoritos por um único motivo: me deram frio na espinha, me deram uma sensação esquisita (gostosa, mas esquisita). Se eles tem implicações existencialistas, filosóficas, políticas ou o escambau, não me importa, pelo menos num nível sensitivo. É parecido com a sensação de entrar na ala do Van Gogh no Museu D'Orsay: não é necessário olhar quadro a quadro, admirar a técnica e perceber a temática do medo da solidão em cada tela. Apenas aquele monte de cores serve pra provocar deslumbramento.
Sentir mais e pensar menos, essa é a minha lição de casa.


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O Anticristo

Bom, vou tentar algo novo, já que o Henrique deu a sugestão, e falar de filmes também. Mas como ainda não são nem 10 horas de uma segunda feira, vou ter é que requentar uma opinião já dada sobre esse filme, em um e-mail. A pergunta era: e aí, gostou? Eis a resposta que eu dei:

bom, é complicado. eu fui lá pensando: ficar chocado com filme é mto retrô, imagina que eu vou ficar chocada com um filminho, eu já vi mta coisa nessa vida. Aí eu tive várias sensações.

1. Físicas: sonolência, no começo. Arrepios aflitivos e depois náusea, seguida de uma tontura ao fim do filme;
2. Emocionais: tédio, incompreensão, incompreensão, aflição, incompreensão, incredulidade e choque;

aí li umas críticas, li o que o lars von trier falou sobre não querer justificar o filme e que cada um deveria dar a sua interpretação. Aí eu dei a minha. Pra mim, não é um filme misógino, é o contrário. É um filme que fala justamente de como a misoginia está tão interiorizada por homens e mulheres que acaba se confundindo com uma fatalidade. Então, esse filme me parece um pesadelo de uma mulher atordoada com a idéia de que merece morrer, embora, racionalmente, ela e o marido não achem isso. Aí tem o fim do filme, mas como eu nao sei se vc viu, nao vou falar nada. Assim, no fundo, talvez isso nao tenha nada a ver. Mas quando a gente vê algo que não entende, precisa dar um sentido, mesmo que temporário. Sei lá. Ou eu fazia isso ou considerava o filme um lixo.

Na verdade, tudo isso já passou. Ficou cerca de umas duas semanas me incomodando, mas agora já passou. Ontem vi Che 2.

sábado, 19 de setembro de 2009

Coisas nada a ver que passam na minha cabeça logo de manhã

Ontem - sexta feira, 21h - tocou no rádio aquela música do Los Hermanos que diz que a fulana acha que sofrer é amar demais. Do jeito mais inusitado é que a gente se descobre apaixonado: olhei para o banco do passageiro e lá vi uma pilha de livros sobre os mais variados aspectos da relação entre processo e poder, processo e trabalho, processo e o escambau, e me toquei que devo estar amando a minha tese. E estou amando demais!

À noite sonhei que peguei o elevador do prédio e ele começou a andar pela cidade (o que não deixa de ser interessante, pq, acordada, não são raras as vezes que eu chamo elevador de ônibus). Depois ele voltou pro prédio, deixou o moço que estava comigo no primeiro andar e me deixou no décimo. Só que o moço tinha esquecido uns cartõezinhos que ele usava pra estudar: peguei os cartões do chão, achando que teriam coisas de estudo, mas só tinha desenhos e frases fofinhas.