terça-feira, 22 de setembro de 2009

As ruínas circulares

Em julho fui em um encontro de leitura na Galeria Olido. Até anuncei isso por aqui. Andei dando as minhas sugestões por lá, aquela mania de não conseguir ficar quieta... Eis que acataram a minha idéia e esse mês o texto a ser lido é do Borges, As Ruínas Circulares.
Esse conto, junto com um do Poe e um do Primo Levi, me faz pensar na minha relação com a arte. São meus contos favoritos por um único motivo: me deram frio na espinha, me deram uma sensação esquisita (gostosa, mas esquisita). Se eles tem implicações existencialistas, filosóficas, políticas ou o escambau, não me importa, pelo menos num nível sensitivo. É parecido com a sensação de entrar na ala do Van Gogh no Museu D'Orsay: não é necessário olhar quadro a quadro, admirar a técnica e perceber a temática do medo da solidão em cada tela. Apenas aquele monte de cores serve pra provocar deslumbramento.
Sentir mais e pensar menos, essa é a minha lição de casa.


Nenhum comentário:

Postar um comentário