domingo, 1 de agosto de 2010

Moça com brinco de pérola

Primeiro eu vi o filme:



depois li o livro:



E eu digo que, ao contrário da maioria dos casos, há que se fazer as duas coisas, não dá só pra ler. O filme é deslumbrante e, a não ser que você tenha uma veia de artista plástico bem pronunciada, não vai conseguir, só pela leitura do livro, imaginar as cores do filme. Na verdade, esse filme é uma sucessão de quadros. Decerto, ele acaba suprimindo uma série de passagens e o fato de a Griet não ser a narradora, como ocorre no romance, faz com que ela pareça menos esperta e consciente do que é no livro.

Agora, o livro. Ok, não é um megaromance, não é um clássico, é um bestseller da NYT. Mas sustenta a tensão entre a Griet e o Vermeer até o final (ligeiramente diferente do filme e mais comprometedor para o pintor) e - tudo bem, não faço idéia de como eram os hábitos na Holanda do século XVII, mas o contraste entre a contenção protestante e os exageros católicos me pareceu verossímil e muito pertinente com o tema. Em suma, é lindo, tou até relendo.

Aqui tem o site do Tracy Chevalier, com info sobre o livro e outras cositas. Destaque para a inspiração do livro:

The idea for this novel came easily. I was lying in bed one morning, worrying about what I was going to write next. (Writers are always worrying about that.) A poster of the Vermeer painting Girl With a Pearl Earring hung in my bedroom, as it had done since I was 19 and first discovered the painting. I lay there idly contemplating the girl's face, and thought suddenly, "I wonder what Vermeer did to her to make her look like that. Now there’s a story worth writing." Within three days I had the whole story worked out. It was effortless; I could see all the drama and conflict in the look on her face. Vermeer had done my work for me.



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