segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Quem de nós

Na onda Benedetti resolvi terminar de ler "Quién de nosotros", que estava na minha escrivaninha há tempos.



Descobri que foi o primeiro romance dele, o que me fez dar um desconto. A verdade é que a melhor parte do livro eu já tinha lido mesmo, o resto foi meio morno. Nâo digo ruim, mas assim... não vai ficar na memória. Só a melhor parte, essa eu vou contar porque achei genial (deve ter algum exagero nisso): o cara tá escrevendo uma carta pra mulher e se recorda da vez em que planejou de matar. Ficou pensando porque tinha escolhido veneno ao invés de uma arma, uma segunda ao invés de um sábado. Aí vem a luz: ele escolheu se matar na segunda pra poder ir ao estádio no domingo! Quando descobriu isso, decidiu que não ia se matar, afinal, se algo na vida ainda lhe dava prazer... Bom, talvez não seja tão genial. Mas é a minha história preferida de suicídio. O que é um grande avanço em termos de otimismo, já que a anterior era a da Anna Karenina, que, aliás, pra mim, é muito mais legal do que a da Madame Bovary.

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