segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Um copo de cólera

Claro que esse livro merece um post só pra ele, não ia usar o rodapé do Benedetti. Eu li uns três capítulos ontem, mas devo parar de ler. Já li uma vez, numa sentada só. Depois de ler "A caixa preta". Na época, eu estava tresloucada e, lendo ontem, parecia tudo novidade. Eu nem lembrava da passagem de sexo logo no começo. Só lembro da briga. É que o livro - o exemplar que tenho - veio direto da casa do autor. Ok, não era pra mim e tal, mas chegou em mim de algum jeito. Aí deu até mais prazer de ler. Mas não quero continuar porque sei que pra apreciá-lo tenho que ler todas aquelas coisas dolorosas, botar pra dentro e depois eu fico numa viagem com o livro que dura dias, meses e aposto que até pode durar anos.
E esse autor, especificamente, me ronda de um jeito incômodo. Vou contar: uma vez eu li uma reportagem em que o autor (da reportagem) relacionava as pouquísssimas obras do Raduan Nassar com quadros do Almeida Junior, lembro desses três aqui:
O importuno - 1898

Leitura - 1892

Saudade - 1899 (esse é o meu favorito)

Ocorre que eu não me lembro exatamente da relação feita, mas lembro que mexeu tanto comigo que nunca consigo olhar pra esses quadros e não pensar no Raduan. Ok, ok, vou procurar a reportagem pra me justificar.
Mas, falando sério, esse último é de partir o coração. No dia em que eu tiver desses notebooks finos como papel e receber um e-mail de quem me faz falta, vou fazer uma versão pós-moderna desse quadro e me fotografar com o celular.

Um comentário:

helentry disse...

Li Raduan que remexe com nossa alma. E concordo com vc :este último quadro dói!
Parabéns!

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