quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Em busca do tempo perdido - as palavras que não significam nada

Pronto, mudei a imagem.

No youtube tem o filme, com o Jeremy Irons, baseado no Amor de Swann.

Quero ver, embora o bom seja ler. Nem é pela história. É pelas palavras, pelo jeito como são escritas, às vezes só porque são bonitas, às vezes pelo que significam. Por isso gosto de descrições: são boas na medida em que são bens feitas, mesmo que sejam sobre algo feio, algo inútil ou irrelevante.

Mas vejam, o Bloch, amigo do narrador, já disse algo assim, mas mais radicalmente:

-- Desconfia da tua dileção assaz baixa pelo senhor Musset. É um gagá dos mais maléficos e uma sinistra besta. Devo confessar que ele, e até o chamado Racine, fizeram cada um, em toda a vida, um verso muito bem ritmado e que tem em seu favor o que para mim é o mérito supremo: não significar absolutamente nada. Ei-los.

"La blanche Oloosone et la blanche Camyre
La fille de Minos et de Pasiphaé"


Isso não se lê em filmes.


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