terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Sobre italianos e promessas

Eu tinha perdido a Manon. Não sei, procurei por toda parte e, um dia, acordei e estava ali do meu lado. Vou retomar. Essa é a promessa.
Enquanto a Manon estava perdida, não me restou outra opção senão ler outro livro. E eu sabia que havia chegado o momento de finalmente ler O deserto dos tártaros, do Dino Buzzati. Para não passar a vida inteira esperando uma invasão que nunca chega.



Eu sei que cada um lê de um jeito e que os livros falam em línguas diferentes para diferentes leitores. Mas, se eu pudesse, eu mandaria imprimir trocentas mil cópias e distribuiria por aí, na esperança de que a leitura falasse à alma dos outros como falou à minha.
Como o livro não é meu, não pude fazer os grifos desejados: fotografei com o celufone uma passagem que gostei. É triste, mas o livro é triste inteiro. Por outro lado, o medo de ser engolido por toda aquela tristeza é que faz com que se queira se mexer, fazer qualquer coisa, qualquer coisa que não seja esperar.

Esse foi um italiano. O outro foi Elio Vittorini. Li Homens e não e até chorei.


Ok, vindo de mim não é sinal de muita coisa. Digo duas coisas: tem um diálogo amoroso que eu gostaria de ter tido (quem sabe ainda terei) e tem uma crueldade sem nome. E tem um vestido atrás da porta. Esse livro merece um post só pra ele, mas preciso pensar, não faz nem 3 horas que terminei de ler.
Esses foram os italianos.

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