terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um dia de chuva

Já vou dizendo que é possível que esse post seja considerado spoiler pelos mais sensíveis. Tá avisado.
Ganhei um mimo do Eça de Queiroz (sim, um mimo, se compararmos com as demais obras dele...), aparentemente saído do forno da CosacNaify:

Pois bem. Quando eu ganhei, me disseram que era uma história de amor do Eça, veja só que raridade, ele que quase não escreve histórias de amor. A bem da verdade, o excerto do comentário do Antonio Candido resume bem o conto:

Narrativa de atmosfera, cujo princípio estrutural é a surda competição entre a chuva que fecha o mundo e a imagem solar da moça que rompe as brumas.

Na minha ingenuidade, confesso que fiquei esperando o momento do encontro amoroso e, na minha incredulidade meio amarguinha, esperando que não correspondesse às expectativas do José Ernesto. Dupla frustração. Minha, não dele. Mas depois passou e eu me senti bem de ler uma história sem cinismo.

Além disso, tem uma Dona Manuela... Que eu imaginei como uma dessas portuguesas gordas, baixinhas e bigodudas, que se vestem todas de preto e ficam se abanando dizendo "Jesuscristinho, que caloire". Obviamente, ela não é a moça de imagem solar da história.

Por fim, o mimo é todo ilustrado:


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